Tecnologia é desafio para sêniores no trabalho

Conheça iniciativas e cursos para aprender, se atualizar e tirar dúvidas

O oceano da tecnologia é imenso e assustador. Navegar por ele pode parecer difícil para quem tem mais de 50 anos de idade. Mas, diante do cenário de reforma da Previdência – que vem com propostas de aumento do número de anos de contribuição –, ter familiaridade nessa área pode ser essencial para permanecer empregado ou obter recolocação no mercado de trabalho.

“A expectativa de vida aqui no Brasil tem aumentado e faz com que as pessoas permaneçam trabalhando e precisem cada vez mais dos recursos tecnológicos. Por esta razão, ao se tornarem atualizadas, não se sentem esquecidas pelo mercado de trabalho”, afirma a pedagoga Andréa Mônica da Silva, 42 anos, que dá aulas de informática.

A professora Renata Pontin de Mattos Fortes, 56 anos, que leciona em curso gratuito para sêniores no Instituto de Ciências e de Computação da USP de São Carlos (SP), concorda. E exemplifica com os benefícios de ganhar familiaridade com as ferramentas: “Pode ser um apoio promissor para auxiliar nos serviços que exigem memória e gestão de informações, bem como servir como opção para suprir as demandas por comunicação e rapidez na execução de tarefas operacionais corriqueiras, que requerem atenção”.

O que fazer, então, já que o uso de computadores, tablets e smartphones se torna cada vez mais uma demanda? A solução é perder o medo – e uma das estratégias para isso são cursos.

Quem tem mais de 60 anos de idade e busca opções gratuitas pode se aventurar pelas UnATIs (Universidade Aberta da Terceira Idade). Pontin, por exemplo, leciona no curso de extensão “Práticas de Smartphones e Tablets para Idosos”, que tem o objetivo de disseminar inovações, a partir de uma grade ministrada por docentes e alunos de pós e de graduação.

São aulas com poucos alunos e ritmo flexível. Divididas em três módulos, elas englobam atividades para conhecer melhor os dispositivos móveis; realizar operações básicas, como configurar e fazer chamadas telefônicas; gravar vídeos; e utilizar aplicativos populares como Whatsapp, Facebook e Gmail, entre outros. “Os alunos ficam bastante atentos e entusiasmados por estarem em sala de aula novamente”, conta Pontin.

Outra opção para tirar dúvidas e resolver dificuldades é fornecida pelo próprio Instituto de Longevidade Mongeral Aegon (veja na área de Serviços 50+), cujo intuito é prover auxílio em internet, e-mail, hardware, software, instalações, back-up, otimizações, antivírus, periféricos e outros. A assistência informática é gratuita.

Silva, que ministra aulas de informática e tecnologia a pessoas com mais de 50 anos de idade no Rio de Janeiro, diz que os resultados após o curso são animadores. Segundo ela, há avanços no desempenho das tarefas, e, consequentemente, menos ansiedade. “Eles desenvolvem mais a coordenação motora e têm melhora da memória.”

Mas não basta frequentar o curso; é preciso se engajar. “O interessado em aprender deve encontrar-se disposto e receptivo aos ensinamentos, depois, buscar uma escola ou profissional com know-how para atender aos seus objetivos”, ensina Silva.

Fonte: Instituto de Longevidade

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