Precisamos falar sobre o AVC

Saiba como prevenir e buscar atendimento rápido. Cada minuto conta para evitar sequelas.

Segunda maior causa de morte no mundo, o AVC (Acidente Vascular Cerebral) é responsável por 6,5 milhões de óbitos por ano, segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde).

Também chamado de derrame cerebral, o acidente ocorre quando há um entupimento (AVC Isquêmico) ou rompimento dos vasos (AVC Hemorrágico) que levam sangue ao cérebro provocando a paralisia da área que ficou sem circulação sanguínea adequada.

O cardiologista e médico do Centro do Coração de Porto Velho (RO), José Perez, explica que “o AVC é uma complicação de alguma doença cardiovascular que pode ser agravada pela hipertensão arterial não controlada ou associada à diabetes”.

A doença é silenciosa, atinge tanto homens quanto mulheres e pode se manifestar repentinamente. “Deve-se ficar atento aos fatores de risco como pressão alta, diabetes, colesterol e também é importante evitar o tabagismo”, destaca Perez.

Os sintomas podem ser dificuldades na fala, em levantar o braço, forte dor de cabeça, fraqueza ao sorrir, dormência em algum lado do corpo (perna, braço, boca), visão subitamente comprometida e dificuldade de compreensão na comunicação.

É importante buscar ajuda o mais depressa possível, pois cada minuto nessa situação é decisivo. Os danos podem ser irreversíveis quando atendimento é superior a três horas. “Quanto mais tempo se passa sem atendimento, maiores são as chances de sequelas graves, como dificuldades de movimentação, linguagem, visuais, de memória e até mesmo comportamentais, de acordo com a área do cérebro afetada. Ou seja, tempo é cérebro”, declara a Dra. Sheila Martins, neurologista e presidente da Rede Brasil AVC.

É tão determinante o tempo esperado para pedir ajuda que a Rede Brasil AVC e a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, juntas, deram inicio a campanha “A Vida Conta – Cada minuto faz diferença”. O objetivo é conscientizar a importância de cada minuto para uma vítima do derrame, evitando sequelas irreversíveis.

O AVC pode levar ao óbito ainda na fase aguda, ou seja, de forma muito rápida. Sobre as sequelas, o Dr. José comenta que “seja na memória, visão, locução ou movimento, é muito restritiva para qualidade de vida do paciente, podendo ser até definitivamente incapacitante para a vida laboral”.

Prevenção e tratamento

Perez enfatiza ainda que é essencial “manter hábitos saudáveis, fazer atividades físicas com regularidade, ter uma alimentação com baixo teor de sódio, além de evitar longos períodos de jejum e respeitar horários de alimentação e sono”.

O tratamento para quem sofreu um AVC varia de acordo com o perfil do doente. Em geral são receitados medicamentos para controlar melhor a pressão arterial, a glicemia e o colesterol. Também são indicadas fisioterapia, terapia ocupacional e mudança na alimentação com orientação de nutricionista.

Para saber mais:

http://www.redebrasilavc.org.br/

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